quinta-feira, novembro 13, 2008

Os sinais



México, fevereiro de 2008.
Livia, Fernanda e eu fomos a Oaxaca, no sul do país, participar de uma residência para artistas em um espaço chamado La Curtiduria. Um dos pratos típicos da região chama-se Tlayuda. É uma massa de trigo recheada com banha de porco (fiquei sabendo dias depois de comer), feijão, queijo, abacate e tomate. Um taco muito bom. Tinha um trailer que vendia o artefato durante a noite inteira, pra galera comer depois da festa. Fomos a um bar e passamos no tal restaura pra saciar a fominha. Sentamos na mesa e a Livia brincou com o portaguardanapo vazio que havia em cima dela. Fez um binóculo, para visão além do alcance.
Uma semana depois, depois de outro saída pra dançar, voltamos com avassaladora fome ao mesmo lugar, dessa vez acompanhadas de Giorgio, o muchacho italiano com quem Livia dançou e conversou a noite inteira. Sentamos na mesa e o que Giorgio fez com o portaguardanapo? Exatamente. Hoje eles namoram, ele arrastou ela pra Itália por uns meses e agora ela o trouxe de volta ao Brasil. Estão hospedados em minha casa, meditamos todo dia. Já disse que faço o convite de casamento.
Nada como prestar atenção às coincidências. Diziam os maias que elas são a regra. E a regra é clara, Galvão.

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