segunda-feira, agosto 16, 2010

Cuando obreros empiezan a construir un puente, cuando algún mago presenta una cuerda en un escenario, cuando unos niños juegan a jalar la reata, cuando un equilibrista callejero tiende un cable, invariablemente hay un momento en que la cuerda cuelga entre dos puntos, y sonrie.
Philippe Petit, To reach the Clouds. My high wire walk between the Twin Towers, Londres, Faber and Faber, 2003.

segunda-feira, agosto 09, 2010

Alto Paraíso na Terra

God Exists, the Mother is there, but they no longer care

Impure Company/Hooman Sharifi, Noruega

Textos traduzidos (trechos de Hannah Arendt, Pater Handke, Roland Barthes e Friedrich Nietzsche)

Deus existe, a mãe está presente, mas eles não se importam mais

Toda política e uma luta de poder. O grau máximo do poder é a violência. Poder e violência são opostos; onde um reina absolutamente, o outro está ausente.
A violência aparece onde o poder está em risco.
Opostos não se destroem, mas desenvolvem-se suavemente um dentro do outro porque as contradições não paralisam, e sim promovem o seu desenvolvimento. A violência não pode ser derivada de seu oposto, que é o poder.

A violência destrói o poder.

A violência é incapaz de criar poder.
Quem escreveu a história das lágrimas? Em que sociedades, em que períodos nós choramos? Por que a "sensibilidade", num certo momento foi transformada em "sentimentalidade"?

O poder não precisa de justificativas, sendo inerente à própria existência das comunidades políticas; o que ele precisa é de legitimidade.
A violência pode ser justificável, mas nunca será legítima.
A violência pode sempre destruir o poder; fora do cano de uma arma cresce o comando mais efetivo, resultante da mais instantânea e perfeita obediência. O que não pode nunca crescer fora da violência é o poder.

A extrema forma de poder é TODOS contra UM.
A extrema forma de violência é UM contra TODOS.

A verdade plana sobre mim como uma nuvem.
Ela me golpeia com uma luz invisível.
A sua felicidade sobe lentamente para mim.
Venha, venha, verdade amada.

(...)

O silêncio em breve vai invadir todas as vidas barulhentas destas pessoas sedentas de viver. É sempre como no último momento da partida de um navio de imigrantes: as pessoas têm mais a dizer uns aos outros do que jamais tiveram, a hora é tardia, e o oceano e seu siliencio desolador esperam impacientemente detrás de todo este barulho.

Antes que eu fosse, eu era.
Antes de ter me tornado, eu sou
Então eu sou aquilo que eu terei me tornado.
Eu terei me tornado aquilo que eu era.
Eu era tão logo eu terei me tornado.
Eu terei me tornado tão logo eu serei.
Eu serei enquanto eu terei me tornado.
Eu me tornarei porque eu sou.
Eu sou aquele que eu sou.

Eu não tenho diálogo com instrumentos do poder, do pensamento, do conhecimento, da ação. Eu não sou necessariamente "despoliticado". Eu sou meramente suspenso de ser humano, longe das coisas humanas. Não pertenço a nenhum repertório.

Não pertenço a nenhum repertório.
Não pertenço a nenhum repertório.
Não pertenço a nenhum repertório.
Não pertenço a nenhum repertório.
Não pertenço a nenhum repertório.
Não pertenço a nenhum repertório.